quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O poder do "não"

Ao ler esse título, você deve estar pensando: "Ela é louca! Como assim?". E te digo: pois é! O "não" tem se mostrado, nos últimos tempos, um fator determinante em minha vida. E pensando bem, acredito que deva ser um fator determinante na sua também.

Não entendeu? Explico melhor: você conhece alguém que, sinceramente, aprenda com o "sim"? Conhece alguém que aprenda pelo amor? Se conhece, meus parabéns! Grude você nesta pessoa e a tenha como sua fonte inenarrável de inspiração, pois é uma raridade tanto quanto um oásis. A real é que a gente aprende com os nãos que leva na cara. São as trombadas da vida que fazem a gente ter uma raiva propulsora de se superar e seguir em frente. E é exatamente aí que entra o poder do "não".

Exemplos clássicos, de diferentes origens, idades e países são alguns dos que apresento aqui: a escritora e poetisa Martha Medeiros (minha fonte de inspiração para este post), o genial Steve Jobs (que dispensa apresentações e a quem, infelizmente, todos perdemos ontem - 05/10/11) e o então desconhecido e aspirante a cantor Emmanuel Kelly. Eu os cito aqui, porque cada um deles, a sua maneira, teve a capacidade de se recusar a conceder a própria vida - e, principalmente, os próprios sonhos! - ao primeiro ou 589o obstáculo que os atravessou pelo caminho.

Martha, Steve e Emmanuel são daqueles que não se curvam à negativa, mas a saboreiam, a encaram, a refletem, a enfrentam sem medo, porque têm um objetivo além: conquistar um sonho. O sonho de conhecer e estar com um grande amor e de ter bons livros editados e publicados. O sonho de facilitar e encantar a vida do ser humano, por meio da tecnologia e do design. O sonho de deixar os traumas de infância no Iraque para trás, ignorar as imperfeições físicas e adoçar o coração das pessoas por meio da música, na Austrália. A eles, a vontade de ganhar sempre superou o medo de perder.

Ponto em comum
São pessoas assim (comuns, sob o ponto de vista da sociedade, e extraordinárias, sob o ponto de vista humano) que me fazem ter a convicção de que o que realmente importa é o aprendizado constante, a busca incansável em ser melhor, em fazer melhor, em se relacionar melhor, em deixar um legado que faça a diferença na vida das pessoas, seja da maneira mais tímida ou engrandecedora que for.

Pessoas assim, com quem me identifico tanto e de formas muito específicas, me ajudam a não desistir dos meus objetivos. Sobretudo, me auxiliam a valorizar infinitamente cada "sim" que eu recebo e vou receber daqui para frente.

Em pessoas assim, eu enxergo os desígnios de Deus, que possui um jeito tão único de demonstrar a grandeza desse universo infinito de possibilidades e realizações. A verdade é que a gente deveria ter é muita honra de poder vir a esse mundo e se deixar aprender com os nãos para, enfim, fazer desse lugar uma terra de muitos sims.

Um beijo meu!

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Há pessoas e pessoas

É engraçado como a gente vai vivendo situações na vida, que nunca imaginou passar. Mas é como se a vida fosse costurando uma trama muito própria. Desenhos fossem sendo montados a partir das decisões que a gente toma - consciente ou inconscientemente.
Eu sei que parece meio filosófica a abertura desse post, mas é porque muitas cenas (com a devida trilha sonora!) me vêem à mente, em momentos como esse. Lembro-me de, nos últimos dias, ter conversado com alguns amigos, lido posts de outros tantos, e visto que a desesperança quanto às pessoas tem crescido e isso é preocupante.

Óbvio que é de se entender. Ultimamente, notícias ruins predominam em todo canto e fica difícil à beça enxergar que a vida vai além. Que ainda há sim gente do bem, pessoas que se predispõe a te ajudar simplesmente porque elas querem e porque, afinal de contas, não custa nada fazer uma gentileza.

Eu mesma me vejo em dias em que é praticamente impossível enxergar o lado brilhante da vida. Seja porque não estou no melhor dos meus humores, seja porque o dia foi muuuuito duro, seja porque tem gente que sabe e gosta mesmo de ser ruim. Mas isso tudo faz parte. E eu também sei que é fácil dizer isso e o difícil está em ser evoluído o suficiente para ignorar e não dar poder ou um tamanho exacerbado a quem não o merece.

Mas a realidade é que se a gente desiste das pessoas, das pequenas gentilezas do dia a dia, de deixar um sorriso escapar porque viu algo bonito ou engraçado, então, é como se a gente dissesse que nada mais realmente vale a pena. É como se atestássemos o próprio fracasso diante da vida e assumíssemos que nada mais faz sentido.

E eu acho que é muito miserável se viver assim. Sentir-se desta forma apenas de vez em quando é normal, porque ninguém é de ferro. Por vezes, a gente dá de cara com gente pouco decente ou se vê em meio a situações que jamais imaginou que passaria. Mas também, por vezes, a gente é surpreendido por uma ligação de alguém que a gente já amou muito um dia, por um bilhete de um amigo querido encontrado no meio de um livro, por um braço estendido de alguém que a gente não esperava. E posso atestar que conheço uns bons pares destas raras pessoas, o que me faz acreditar que nem tudo está perdido.

O joio do trigo
No fim das contas, a vida é feita de momentos. É feita de pessoas que acertam e que erram. Que têm intenção de ser boas e as que têm intenção de ser más. E o melhor disso é poder tirar um tempo para refletir e enxergar tudo com mais clareza, e separar sim quem vale estar do seu lado e quem não vale.

Ao longo dos últimos tempos, me dei conta de que existem vários tipos de pessoas no mundo. Pessoas que são profundas quanto à essência e outras que não são e nem fazem questão de ser. Pessoas que páram para pensar, antes de tomar uma atidude, e outras que não. Aquelas que refletem se o que decidiram causará algum dano às outras, e aquelas que não. E tudo bem.

Penso que cada um deve viver como melhor quiser, mas é importante que também se conscientize de que não vai receber flores, se soltar os cachorros nos outros. Que não vai ser recebido com sorrisos, se constantemente pisar na bola. Mas àqueles que parecem ter a generosidade como sobrenome, estes sim serão sempre bem vindos e com muita alegria. A estes, dedico toda a minha bondade, lealdade, o meu bom coração, os meus sorrisos. A estes, eu digo: stand by me.

Um beijo meu!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Um luxo que só!

Noite dessas, enquanto fazia uma mega faxina em meu quarto, encontrei uma edição antiga da revista Cláudia, que eu nem havia lido. Folheando as páginas, me ative a um artigo de Danuza Leão: "Uma vida de luxo". Sagaz com as palavras como sempre, Danuza comentava sobre o que realmente acredita ser um luxo nessa vida, diferentemente das exaltações e venerações desenfreadas a iPads, passeios de iate, roupas de nome e sobrenome, champagnes da moda, títulos e moedas internacionais, além de - pasmem! - chupetas com diamantes.

Ela dizia que luxo era não encontrar a empregada aos domingos, tomar água gelada e aromatizada naturalmente com limões sicilianos, dormir em lençóis limpos e cheirosos, comer a sobremesa que mais se gosta, entrar no mesmo jeans da época do corpo de sílfide, etc.

Ao ler a lista de Danuza, concordei com a grande maioria. Mas aqui do meu binóculo, desse meu canto, comecei a montar uma lista de luxos ainda mais 'extravagantes' que os dela. Penso eu que luxo mesmo é poder pagar uma faxineira que venha uma vez por semana em casa ou até mesmo uma vez a cada 15 dias. Luxo maior é pagar as contas em dia, sem pleitear crédito extra no banco. E o luxo que é morar perto do trabalho? Ah... Luxo mesmo é TER trabalho! Mas um trabalho que dignifique, que honre, que recompense. E não, não estou falando de cargo, dinheiro ou poder. Estou falando de coerência, de decência, de mão dupla, de gentileza.

Agora, quer luxo maior que ter seu amor correspondido, ou a ligação, o e-mail retornado?  Ou, ainda, de fazer 70 anos de casamento, sendo capaz de ultrapassar e superar as misérias do cotidiano, após 20 partos de apenas 14 filhos vivos? E o luxo, então, que é ter amigos sinceros, que estão contigo na alegria e na tristeza - de verdade verdadeira? É um luxo só!

E o que dizer do luxo que é o de se reconhecer, se amar, se respeitar assim, desse jeito torto, tonto, insano, meio estrábico e infâme de ser?! É um luxo se aceitar como é, aprendendo com todo o passado, agradecendo pelo presente e se surpreendendo com o futuro...

Mas de tudo, tudo, tudo, o que me parece ser o luxo maior do mundo inteirinho é o - como disse lindamente Chico Anysio, em vídeo produzido para o Fantástico do domingo 28/08 - de Deus nos dar a honra de ver os filhos crescerem, novas famílias se formarem, o desenvolvimento e as novas conquistas desses seres tão inocentes ainda, tão lindos de si mesmos.

É dessa lista de luxos que eu quero viver. Um luxo para mim. E, talvez, um lixo para os outros.

Um beijo meu!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Roteiro, cenas e reticências

Eu não sei você, mas eu já vivi histórias que nem em meus sonhos mais loucos imaginei que, de verdade, viveria um dia.

Uma dessas histórias teve um desfecho maravilhoso, que foi a chegada do Lucca, meu filho de 6 anos tão amado. A vinda dele foi o lado bacana, mas tudo o que envolveu essa gravidez foi tão fora de script, que eu nem saberia como dizer. O mais maluco é pensar que as coisas vão acontecendo como uma sucessão de consequências desmedidas, frutos de decisões mal tomadas (ou mal pensadas), como um dvd que foi colocado para rodar no modo rápido e que você mal consegue ver as cenas passarem.

Eu sei. Parece confuso o que estou escrevendo. Nem eu entendo tudo o que aconteceu e ainda acontece, grande parte das vezes. O que vejo são sete anos enlouquecedores, com imagens que correm frente aos meus olhos, hora em preto e branco, hora coloridas, com som, mudas, pausadas, corridas. E, nessa história, há lágrimas, muitas lágrimas, mas há sorrisos, há momentos de partilha, há um casal sentado no sofá, assistindo The Practice na tevê, rindo do sotaque da brasileira recém-chegada e das dancinhas ridículas do americano de óculos quebrados.

Nesse roteiro de filme nunca lançado, há brigas, há afeto, há inúmeras frases não-ditas e malditas, há tórridos momentos de amor e há lágrimas grossas que rolam pelos rostos perdidos - um na América do Sul, o outro na do Norte. Há, ainda, mais de 300 e-mails trocados em mais de 2.555 dias passados, telefonemas frustrados, centenas de fotos enviadas e muitos sentimentos guardados. É uma história inacabada.

Por vezes, eu penso que essas histórias que a gente vive - tão singulares, tão únicas e completamente imprevisíveis - são as que revelam quem verdadeiramente somos, do que verdadeiramente somos capazes, quanto de fato podemos superar, fortalecer e prosseguir. Penso que são essas as histórias que passarão como um filme em frente aos nossos olhos, no momento de partir. São elas que nos marcam de uma forma ímpar para o resto de nossas vidas.

Histórias assim jogam por terra nossa valorosa honra, nos fazem perder o medo de errar ou de continuar. Elas consomem toda a nossa capacidade de racionalizar um sentimento e deixam espaço apenas para um coração "wide open", que só sente, que só perdoa, que só quer de volta, que ama incondicionalmente.

O lado ruim é que a gente não escolhe o final que elas vão ter (pelo menos, não conscientemente). É um roteiro de final aberto, que gera ansiedade, medo, saudades, angústia, frustração e expectativa. Um roteiro de reticências... Com uma possível trilha sonora de John Mayer...

Um beijo meu.



terça-feira, 17 de maio de 2011

Você nunca esteve só...

Há 12 anos, eu fiz um trabalho de conclusão de curso - o então TCC -, que deveria virar um caderno especial do jornal da Metodista, onde eu fazia faculdade de Jornalismo. Tinha que escolher um tema e, como sempre, me pautei pelo lado esquerdo do cérebro. Escolhi falar sobre depressão.

Já naquela época, quando eu entrevistava especialistas sobre o assunto, o veredicto era um só: depressão seria o mal do século XXI. Do lado de cá, depois de muita água passada debaixo da ponte, confirmo: é o mal deste século mesmo.

Não digo isso apenas por experiência própria. Graças a Deus, a muita terapia e força de vontade pessoal, depressão não faz mais parte da minha vida. Mas tenho visto muitas, mas muitas pessoas mesmo numa tristeza sem fim. É um martírio com o qual se acorda, se passa o dia e se vai deitar à noite. Ele não te larga. Na verdade, te consome, te assola, entope cada poro do seu ser e não dá lugar para o que é bom e belo entrar em sua vida.

Eu não tenho a intenção de vir aqui e dar diagnósticos precisos sobre o assunto, tampouco fórmulas mágicas para que se saia desta situação. O que quero trazer é uma palavra sincera e de conforto de que é possível sim largar essa "cortina negra de veludo, de 10 kg, que tapa todas as janelas da sua vida", e enxergar o mundo com muito mais cor e brilho.

As coisas mais importantes que aprendi ao longo desse tempo foram que:

 1) Não. Definitivamente, eu não estou sozinha nessa. Há milhões de pessoas em todo o mundo que têm um dia de cão tanto quanto eu e que, às vezes, se sentem miseráveis igualzinho a mim, ao terem que se levantar pela manhã e tocar a vida adiante;
 
2) Não. A vida não é feita só de pessoas ruins, momentos infames e tragédias pessoais. Neste quesito, a Coca-cola mandou muitíssimo bem com a recente campanha institucional que colocou no ar, ao afirmar que os bons são a maioria (e fale e ache o que você quiser sobre a Coca-cola. Poderia ser qualquer outra empresa). Tanto os bons são a maioria, que você pode contar nos dedos da sua própria mão a quantidade de pessoas bacanas que te cercam contra as que não valem o chão que pisam;

3) Dê o nome que você quiser e tenha ou não a religião que você considerar melhor, mas é fato que tudo fica infinitamente mais leve, quando você permite que Deus entre em sua vida e passe a conduzi-la em seu lugar. Raios! Se não foi você quem criou o mundo em sete dias, vai se meter a besta de controlar os quatro cantos do espaço para quê?!?

4) Não. A felicidade não vem de fora. Ela mora aí dentro de você, desde o bendito momento em que sua concepção ocorreu. Depositar expectativas nos outros, sua felicidade, seu sucesso profissional, seus sonhos em terceiros tem só uma definição: fracasso. Portanto, o negócio é tomar as rédeas da sua vida e ser responsável por seus louros e aprendizados.

Ok. As quatro dicas acima podem parecer deveras simplistas, idealistas e até inocentes. Mas quer saber? Funcionaram para mim e continuam funcionando. Quando ponho minhas questões em perspectiva e percebo que tudo faz parte de um enorme aprendizado, eu me sinto melhor. Como li noutro dia, em algum lugar que não lembro: "Não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual nesta terra. Somos sim seres espirituais tendo uma experiência humana neste lugar".

Você pode virar para mim e dizer: "Mas você não tem a menor ideia do que eu estou passando!". E eu vou te dizer: não tenho mesmo. Eu não tenho, mas posso te dizer que, seja o que for, já foi. Não importa mais. O que vale é esse very moment, esse exato minuto aqui, que você está vivendo ao ler este post. A maneira como você vai encarar sua vida deste minuto para frente é o que determinará se tudo valeu a pena ou não. A música "Never Alone" de Lady Antebellum demonstra isso com clareza. Outra boa é esta que postei aí em cima. Também se chama "Never Alone", da banda Barlow Girl. 

Eu só quero que você perceba que está tudo aí dentro. Todas as ferramentas das quais você precisa para sair dessa vida em preto e branco estão aí dentro e, no fundo, você sabe exatamente como manuseá-las. Dê-se o tempo necessário, perceba o quanto tudo o que você está vivendo é pequeno perto do que você já superou e, sobretudo, perceba quão forte e admirável você é. Na verdade, perceba que você nunca esteve só. Nunca mesmo!

Um beijo meu e até a próxima!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

"Linda! Você está linda!"

Foi assim que, hoje, às 10 da manhã, com a habitual pontualidade britânica, o príncipe William recebeu a agora duqueza Catherine Middleton. Para ele, ela é 'só' a 'sua Kate'. E foi desse jeito lindo, romântico, cheio de crenças, fé e promessas, em puro êxtase, que ele a recebeu no altar da Abadia de Buckingham, no Reino Unido.

Quando os vi acenando para os súditos que os esperavam aos pés do palácio, fiquei emocionada. Emocionada pela juventude, pelo amor profundo que ela leva no coração e que ele transmite nos olhares que lança para ela (aliás, tendo a crer que essa pureza de amor incondicional ele herdou da admirável mãe Diana...). É inegável a admiração que um sente pelo outro. Se você dúvida, basta prescrutar nas fotos aqui e que você também pode encontrar em todos os sites mundo afora.

Admiração. Fé. Respeito. Amor. Cumplicidade. Reciprocidade. Todas atitudes de quem tem consigo a fé inabalável de que o amor pode tudo, move tudo, muda tudo. Sei que pode soar piegas e nem tô aí para isso, mas o casamento Real que foi promovido hoje entre Will e Kate me fez ter ainda mais a certeza de que o amor incondicional está aí, no meio de nós. Cada vez mais vital, cada vez mais na moda, cada vez mais necessário nesse mundo de caos.

Há quem diga que o casamento está fora de moda, que romantismo é coisa para gente boba e idealista, blablabla. Para mim, a realidade é que o casamento - se baseado nas atitudes mencionadas no parágrafo de cima - é sinônimo de pluralidade, de evolução, de valores bem construídos e disseminados. É sinônimo de felicidade conjunta, de prosperidade física, emocional, mental e espiritual. A junção dos quatro corpos, dos quatro planos.

Sou testemunha de vários casamentos de fachada, de comodismo e de mentira. Mas também sou testemunha viva de casais unidos verdadeiramente pelo amor e pela fé. Leonardo e Carol Bandeira são um excelente exemplo disso. O fruto deles é um garotão lindo chamado Erick. Outro exemplo maravilhoso de casamento abençoado - e que está por chegar! - é o casal James e Analigia Martins. Eu vejo o olhar lindo que um lança para o outro, da falta incomensurável que sentem um do outro, quando um não está ali.

Além deles, conheço homens muito dignos e mulheres espetaculares que ainda não se encontraram, a meu próprio exemplo. Novamente: para mim, a união sagrada de Kate e Will realizada hoje traz esperança para esses homens e mulheres, de que o dia deles também está para chegar. O início de portas abertas para a felicidade sagrada, abençoada, admirada, de quem se sente tão extasiado pela presença da alma gêmea, que só tem a dizer: "Linda! Você está linda!".

Um beijo meu!

terça-feira, 29 de março de 2011

Dor do Crescimento

Estou há dias para escrever aqui. Já tive um milhão e meio de ideias e sugestões de títulos para esse post. Eu o mudei três vezes até fechar nesse, que você lê aí. Minha sensação era a de ter tanto para falar... Mas em momentos assim, o melhor é realmente calar. Minha amiga Analigia Martins, deusa adorada, sempre me diz que o melhor é nada fazer quando se está perdido.

Pois é. Estava me sentido muito perdida, nos últimos dias. Perdida, porque sei lá como me foquei tanto no externo, que não me achei mais. Acabei me envolvendo com as situações do dia a dia, com as pessoas, com tudo o mais e fui me abandonando, me anulando, me distanciando de mim por meio zilhão de motivos.

Daí, acordei ontem no chão. Arrasada. Não entendia bem o que estava acontecendo. Só sentia o quão longe estava de mim, de quem eu sou, da minha essência, da minha integridade. E morri de chorar. Exatamente como nessa música aqui do Eric Clapton, River of Tears... Deus! O som da guitarra do Clapton ecoa como lágrimas que correm pelo rosto...

Chorei tanto, que me sentia desidratada ao final do dia. Chorei tanto, que precisei de óculos escuros para ir buscar meu filho na escola, às sete da noite (!!!).

Mas tudo nessa vida passa e acordei hoje disposta a me refazer. Eu bem precisava do caos para me reencontrar. Essa minha auto-análise me ajudou a perceber que o que eu vinha sentindo nos últimos dias era nada menos que a "dor do crescimento". Já ouviu falar sobre esse termo? Cientificamente falando, é quando crianças entre 3 e 4 anos até acordam durante a noite por sentirem dor nos músculos e ossos dos membros inferiores, que estão tensionados pelo crescimento do corpo. É como se o organismo relutasse em aceitar que o corpo vai mudar, que vai abandonar um antigo padrão, um jeito que até então dava certo, para migrar a uma nova natureza, um novo formato, um novo estilo de vida.

Junto a essa teoria, me encontrei em uma outra: a da águia. Dessa, você já deve ter ouvido falar... Aos 40 anos (segundo nosso mestre Google!), a águia tem duas opções para chegar até os 70 - média de idade que vive: morrer no meio do caminho ou rumar para uma dolorida e complexa transformação, que dura pelo menos 150 dias.

Ela voa até o alto de uma montanha e se recolhe durante esse período, obrigando-se a suportar a dor de arrancar com o bico unha a unha de suas patas. Após quatro décadas, as unhas estão compridas e flexíveis demais, a ponto de ela não conseguir mais agarrar e manter firme as presas que captura. Não bastassem as unhas, também com o bico, precisa arrancar pena a pena de seu corpo, já grossa pelo passar do tempo, justamente o que dificulta e pesa seu vôo languido e até então fácil.

Mas não pára por aí... Esse mesmo bico que arranca unhas e penas já está curvado e rígido, que não a possibilita se alimentar da forma necessária. É então que chega o momento mais sofrido e ela precisa batê-lo na rocha, até que ele seja arrancado de seu rosto. É depois de todo esse processo que, após cinco meses, ela parte rumo ao vôo da renovação e, se tudo der certo, para mais 30 anos de vida. Há quem diga que o processo seja inverso e ela comece pelo bico, mas para mim não é isso que verdadeiramente importa.

Tenho comigo que, mesmo vivendo outros 30 anos, a águia (em toda a sua teoricamente falta de consciência mental) nunca mais conseguirá ser a mesma e ela sabe disso. O caos, o horror da dor maior, o sofrimento profundo (seja ele causado por que motivo for e pela culpa de quem for) nos obrigam a nascer de novo. E é isso que me faz pensar - com a ajuda fundamental de amigas como Bruna Bezerra Lima e Vanusa Costa, além da Alexandra Estela e da Analigia - que todos os "nãos" que eu já recebi da vida precisam ser celebrados.

Os "nãos" vividos, somados à dor do crescimento que vivi e ainda vivo, me obrigaram a seguir em frente na vida. E nem todo dia é fácil, como sei que também não é para você ou para qualquer um dos nossos. Mas o que sinto de diferença em mim é que eu vivo inteira. Eu entro limpa, inteira e intensa em toda e qualquer situação, seja com quem for. O medo já não ganha mais batalha alguma da minha existência. E tenho muito orgulho disso! Medo, pra mim, é falta de fé - em mim, em Deus, na vida.

A dor do sofrimento agudo que vivi sete anos atrás e, então, três anos atrás me mostrou que eu sou capaz de suportar qualquer coisa e que nem toda situação é grande demais para ser transposta. A dor me trouxe coragem, me mostrou meu próprio valor. Me fez perceber que desistir é fácil e para muitos, mas que persistir é complexo, para mínimos e que vale muito a pena.

Eu não sei o que você tem vivido, quantas lágrimas tem derramado, quantos cabelos brancos ou rugas já ganhou pela preocupação desmedida de não ter seu sonho realizado, sua meta cumprida, seu amor ao lado. O que eu sei e posso compartilhar com você aqui é que a dor do crescimento passa e tudo se encaixa no lugar certo. A princípio, pode te parecer o próprio cenário do horror, mas tire os óculos, dê uma limpada nas lentes, ajuste as astes atrás das orelhas, tome um pouquinho de distância... Foque de novo. Você vai ver que os planos que Deus (ou Universo ou dê o nome que você quiser) tem para você são muito melhores que os seus.

Um beijo meu!

domingo, 20 de março de 2011

Sentimento não se cobra

Você já se pegou morrendo de saudades de alguém? Já morreu de medo de perder um amigo, um parente, a própria casa, o emprego, seu amor?

Bem, eu não sei você, mas todas as alternativas acima já aconteceram comigo. Fosse porque não cultivei o relacionamento o suficiente, fosse porque não havia interesse da outra parte, fosse porque simplesmente não era para ser.

Há momentos na vida, dentro de toda essa capacidade limitada de se entender e quiçá o próximo, em que a gente se vê tentando se apegar a qualquer fagulha de algo que existiu (ou se pensou existir). Se vê segurando qualquer traço do que passou, qualquer migalha que ficou no meio do caminho. Tudo, a fim de sentir de novo aquele calor, aquela alegria infinita, aquela vontade de fazer o tempo parar.

Hoje mesmo, li um post de um amigo que dizia: "relacionamentos não vêm com certificado de garantia", e tive que concordar. O que, às vezes, parece eterno em um dia, se perde completamente na noite seguinte. Na maior parte das vezes, você nem sabe o porquê. Nem sabe que não agradou, que, de alguma forma, "errou", que fez ou disse algo que supostamente não deveria. Ou mais: acabou, porque o sentimento (seu ou do outro) não era tão profundo assim. Ou ainda: acabou, porque você (ou ele) nem sabia o que realmente queria dessa relação.

E isso me faz lembrar que tudo isso tem a ver com expectativa - o caminho mais curto para a frustração certeira! A expectativa de que o outro corresponda, de que sinta a mesma coisa que você. A ânsia de que vocês estejam no mesmo momento, queiram as mesmas coisas, se queiram da mesma forma...

Guess what? Na grande parte das vezes, se é você que sente essa frustração, pode apostar comigo que isso está só com você... E mais: não há a menor possibilidade de cobrar o outro por isso. Cobrar o quê, cara pálida? Vai cobrar sentimento? Vai cobrar que ele se importe em querer saber como é que foi o seu dia? Vai cobrar atenção? Que ele te pergunte se você prefere a comédia à ação? Vai cobrar consideração? Que venha conversar e dizer a verdade sobre o que pensa e sente em relação a você? Vai cobrar reconhecimento e sinceridade?

Sinto muito por frustrar suas expectativas, mas sentimento é algo que não se cobra. Só se sente. Ou não sente. E se você percebe que o negócio só parte de você, seja com um grande amor seja com um emprego grandioso, te aviso logo (e só porque te gosto muito): acorda e parte pra vida!

O mais curioso é que, quando se tem tanto medo de perder algo ou alguém, não se percebe que algo/ alguém muito mais precioso já se foi: você mesmo. Antes de perder alguém ou um sonho, você já se perdeu ao colocar todo o seu amor, sua consideração, seu respeito e dedicação em outra pessoa, em uma situação externa, em qualquer outrem que não você mesmo.

Mas se nada disso faz parte da sua realidade hoje e tudo o que você sente é recíproco em suas relações, aqui vão os meus parabéns, o desejo de que você me ligue para me contar o "faça você mesmo" disso tudo e um versinho pra te deixar ainda mais feliz:

"No fim desses dias, encontrar você que me sorri, que me abre os braços, que me abençoa e passa a mão na minha cara marcada, na minha cabeça confusa, que me olha no olho e me permite mergulhar no fundo quente da curva do teu ombro.... mergulho no cheiro que não defino, você me embala dentro dos seus braços e você me beija e você me aperta e você me aquieta repetindo que está tudo bem, tudo, tudo bem..." - Caio F. Abreu

Um beijo meu!

domingo, 6 de março de 2011

O tempo não pára!

O título desse post tem muitos significados para mim... Além de representar o fato de que não venho escrever aqui há mais de mês, fala do meu aniversário que passou, do meu trabalho que já não é mais meu, das reviravoltas que aconteceram em minha vida nos últimos 45 dias, da pessoa incrível que surgiu também e, sobretudo, dá nome a uma música do Cazuza que sempre gostei e que tem muito a ver com o meu momento.

No último dia 3 de março, completei 32 anos muito felizes. Tive a honra de receber mensagens de amigos de várias épocas da minha vida e de todos os lugares por onde já passei. Recebi ligações, e-mails, presentes e o melhor: o carinho e o respeito que só os justos merecem. De verdade, eu só tenho que agradecer.

Com esses meus 30 e poucos anos vem uma maturidade e um prazer em viver indescritíveis. Tenho a sensação de que nunca foi tão simples, tão fácil, tão sereno dar um sorriso, contemplar o dia a dia, entender que a vida pode ser muito mais e melhor se você simplesmente deixar ela te envolver. Essa era balzaquiana também me trouxe a certeza de que Deus me fez perfeita à maneira Dele e com todas as minhas imperfeições, por mais incoerente que isso possa soar.

Acho que o que quero dizer é que me enxergo plena exatamente como sou. Vejo em mim uma mulher inteira, que sobreviveu a todas as situações-limites nas quais se meteu, que cresceu com as dificuldades, que passou a valorizar o que é pequeno, humilde, carinhoso e caridoso.

Foi com essa visão que passei por mais uma prova em minha vida, no último mês. Após quase cinco anos de dedicação a um trabalho que sempre julguei significativo e transformador, meu ciclo chegou ao fim. É difícil dizer adeus para quem se ama, especialmente se essas pessoas fazem diferença e trazem enorme significado para a nossa vida. Mas o melhor de tudo é que a amizade dessas pessoas permanece e elas continuam com a gente, independemente do lugar que a gente esteja ou vá.

Mas o que fica para trás também dá lugar ao novo. Acho que esse, inclusive, é o barato da vida! O universo é transformador, quando a gente se abre a novas oportunidades. E foi assim que uma pessoa incrível começou a fazer parte do meu dia a dia, nas últimas semanas. É alguém que tem tornado minha vida ainda mais colorida e feliz do que já estava e eu espero retribuir à altura.

Para celebrar todas essas mudanças e me preparar para receber esse novo ciclo incrível que Deus preparou para mim, também mudei o visual do cabelo e voltei a praticar esportes. Tem sido bom me cuidar interna e externamente e o melhor: me deixar ser cuidada.

E vamos que vamos, porque a vida mal começou! Te deixo com o início da letra do Cazuza, com "O Tempo Não Pára!". Diz muito sobre mim. Haha

Um beijo meu!

"Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou um cara
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara


Mas se você achar
Que eu tô derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não pára"

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Pequenas maldades

Por indicação de uma amiga querida, recebi um artigo de Eliane Brum – colunista da revista Época – que me tirou a respiração. No texto, o melhor que li em meses e brilhantemente escrito, a jornalista comenta sobre uma cena que presenciou em um shopping center e o sofrimento que se pensa ver e ser somente do outro. Trata-se de um idoso que anda com dificuldades no corredor do shopping, alquebrado e zombado por pessoas que apontam para ele e riem de sua dificuldade ou do ridículo que pensam ver nele, pela peruca mal colocada e a fralda geriátrica evidente em seu corpo mal coberto. O link é esse aqui.

Trago esse tema para o blog, pois o que Eliane viu e comentou nada menos é do que milhares de situações que presenciamos e sentimos na pele no dia a dia. Tem dúvida? Então, responde essa: quantas pessoas sinceramente você conhece, que praticam pequenas maldades no dia a dia, como apontar o dedo e rir de um idoso em condições de fragilidade? Eu conheço, infelizmente, dezenas. Gente que está aqui na minha frente ou ao meu lado, no trabalho. Gente que é amigo de amigos meus. Gente que é, também infelizmente, da minha família. Gente que faz intriga para se sentir um pouquinho menos medíocre. Gente que joga o papel (e outras coisas) na rua, porque acha que não estará aqui quando tudo ficar mais lixo do que hoje. Gente que consegue transformar coisas simples e bacanas em situações duras, difíceis e insuportáveis de lidar, puramente em razão do ego e da vaidade.

Gente que é seu líder no trabalho e que faz questão de te ignorar, ignorando também todas as obrigações de seu job description e a razão pela qual foi contratado e pago, como ser uma referência para sua equipe e saber fazer gestão de pessoas. Gente, meus caros, que justifica atitudes horríveis, escondendo-se atrás dos problemas que teve na infância, na adolescência e até na fase adulta. Infelizmente – ou felizmente! -, eu conheço várias pessoas assim. Várias pessoas que supostamente são normais, dentro dos padrões estabelecidos pela sociedade atual e pela lei federal, mas que são tão malvadas nas pequenas atitudes do dia a dia, que causam medo. Medo do quanto ainda podem ser más, do quanto ainda podem prejudicar, de quão longe ainda podem ir para esconder tudo aquilo que elas mesmas não conseguem enfrentar.

Eu tenho medo de gente que não se assume, de gente que é omissa no que pensa, fala e faz, de gente que acha que vai ser jovem pra sempre, de gente que não enxerga nada além do próprio umbigo e objetivos que traçou para essa mera vida aqui, terrena e mundana. Eu tenho medo, meus amigos, dessas pessoas que apontam um idoso no shopping, achando que elas nunca viverão algo do tipo. Achando que sempre serão amparadas, amadas, endinheiradas e bem quistas. Eu tenho medo, porque pessoas assim são capazes de tudo – até de matar, até de roubar, até de trair, até de mentir.

Pessoas comuns assim, tão dentro da sociedade e da lei, são aquelas que vendem um saco de 5kg de arroz a R$40 para os coitados que acabam de perder suas casas e vidas nas tragédias causadas pela chuva no Rio de Janeiro e em São Paulo. Pessoas assim, tão teoricamente inofensivas, destroem casamentos e famílias, pensando no próprio umbigo e prazer. Pessoas assim, tão comuns, são aquelas que falam mal de você no trabalho e puxam o seu tapete, só para se sentir mais poderosas, donas de mais visibilidade e talvez dinheiro. Pessoas assim, tão superficialmente bacanas, são aquelas que mantém um relacionamento egoísta e geram um filho que não assumem, só para se sentirem menos sozinhas e desamparadas diante do próprio caos que sentem internamente a cada segundo.

Eu sei que não há como viver sem se sujar na lama, como disseram meus amigos Carol Chamma, Leo Bandeira e Marcelo Vieira, mas digo não às pequenas maldades praticadas por pessoas pequenas de moral, de índole, de caráter, de valores, de princípios, de consideração, de amor. Digo não a quem aponta idosos cambaleantes e emperucados no shopping, aos invencíveis de plantão. Como vocês já devem saber, eu sou esta aqui: a Ana de carne e osso que se emociona, que chora, que sente raiva, que explode de tensão, que acolhe como uma galinha os seus pintinhos, que sente saudade e repulsa, que não tem coragem de ignorar um funcionário, ignorar um filho no mundo, puxar o tapete dos outros, olhar para um homem casado, se aproveitar da fragilidade e infortúnio alheio. Sou exatamente essa aqui que usa o texto para não implodir de dor, raiva e tristeza. Que usa das palavras escritas para expressar quem é. Fora às pequenas maldades! Fora!

Um beijo meu!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Universo a seu favor

Olá! Feliz 2011!!!

Ainda vale desejar feliz ano novo, né? Primeiro post do ano merece começar em ritmo de comemoração (e férias!), mas não menos reflexão.

Há muitos assuntos que quero abordar aqui, mas tem um que roubou minha atenção hoje. Meus amigos mais chegados sabem que não suporto televisão e que raramente assisto a um programa de tevê aberta. Meu lema é ler, ouvir e assistir aquilo que tem a ver comigo e com a minha evolução. Mas como nada é por acaso, passei pela sala e vi a matéria sobre um neo-ex-mendigo americano, Ted Williams, que acaba de virar hit no Youtube e em outras mídias.

A matéria, curtinha no Jornal Nacional, mostra o momento em que um repórter de um jornal local de Ohio se interessa pela placa escrita e que Ted segura em um cruzamento da cidade, dizendo que foi abençoado por uma voz incrível. O repórter pede para ele falar alguma coisa e, como num passe de mágica, sai da garganta daquele homem todo sujo e mal cuidado uma voz de fato incrível e digna de locução na rádio. Pois não é que este era exatamente o trabalho que ele fazia mais de uma década atrás, antes de se envolver com bebida e drogas?

Gente, comecei a chorar incontrolavelmente. Minha voz interior perguntou: "o que tá acontecendo contigo, criatura?". Não sei.... Passou tanta coisa pela minha cabeça. Imagina você achar que a vida acabou pra você, que o mundo te deu as costas, que nada mais é possível de acontecer em sua existência e...plim! Como mágica, como uma verdadeira conspiração (e inspiração) do Universo, sua vida muda em um segundo e você passa a ser uma celebridade de mídia viral em todo o mundo e motivo de comoção em mocinhas paulistanas como eu...

A matéria linkada aqui, do jornal Extra, finaliza com um "Sortudo ele, não?!". Não, não o acho sortudo. É verdade que pode acontecer de Ted Williams ter estado no lugar certo, na hora certa. Mas acho que a questão central aqui é se abrir verdadeiramente para uma nova chance na vida. Acreditar, de coração, que você é bom o suficiente e merece que Deus, a vida, o Universo estejam a seu favor. E se você assistir o vídeo que linkei aqui, na palavra Youtube, vai reparar que a todo momento Ted agradece a Deus - da placa escrita ao momento em que agradece pela moeda recebida ou pela oportunidade concedida pelo repórter.

Aliás, cabe aqui um comentário de que esse repórter, seja lá quem for, cumpriu sua missão como olhos da sociedade ao não se limitar a dar a moeda e ignorar o mendigo. Sem contar que cumpriu sua missão com o Papai do Céu, ao agir de boa fé e ser um verdadeiro mensageiro. Ao postar o vídeo na internet, compartilhou com o mundo todo a história de alguém que acertou, titubeou, errou, tropeçou e se arrependeu na vida. Igualzinho a milhões de nós, que só não temos nossa história no Youtube, mas que sabemos bem pelo que passamos e o quanto nossas histórias individualmente renderiam livros, novelas e vídeos mundo afora...

Ted já recebeu dezenas de novas propostas de trabalho em sua área e, de banho tomado, barba aparada e cabelo cortado, parece outra pessoa. Mas é a casca que parece outra. A essência, a história, as experiências, as raízes de bom caratismo, de arrependimento e perdão por si mesmo estão todas ali, embaixo daquele vozeirão que é mesmo um talento divino e abençoado por Deus. E viva as segundas chances!!!!

2011 mal começou e a vida escancaradamente maravilhosa já está mostrando a que veio. :)

Um beijo meu e até o próximo post!