sábado, 25 de dezembro de 2010

Gratidão, só pra começar

Meus caros amigos,
que delícia que é - ao som do maravilhoso Adoniran Barbosa - poder vir aqui e contar um pouquinho do que se passa em meu coração...
A very red 'n happy Xmas to you! :)

Pra começar, quero agradecer. Agradecer muito, hoje e sempre a Deus, pela vida sem-igual que Ele me deu e tem me proporcionado. Nossa! Meu sentimento de gratidão é tão grande, que não há palavras que cheguem perto de exemplicar o que vai aqui dentro.

Sou muito agradecida a Deus, ao Universo, aos meus pais, a minha irmã, ao meu filho, aos meus amigos, a todos que já passaram e estão em minha vida. Foi a contribuição de cada um que ajudou a eu ter esse formato, essa personalidade, esse caráter. E, puxa, como sou grata!

Nos últimos meses, tenho vivido, experenciado sensações e situações tão mágicas... Há três semanas, por exemplo, aconteceu a cerimônia de formatura do Luccinha. Em 2011, ele começará o primeiro ano do Ensino Fundamental. Vejam só que importante ele já está! :) rsrsrs

Daí, que aquele evento foi incrível por uma série de coisas, como pela simplicidade, pela docilidade das professoras e de todo o pessoal da escola, pela união incomum de todas as 12 crianças e os papais e mamães (finalmente, agora eu sei o nome de absolutamente todo mundo e quem é pai de quem!!), mas principalmente pela retrospectiva que montaram deles, desde 2006, quando a turminha começou.

Gente, só em inglês para definir como eu me senti: "I just cried my eyes out!!!". Foi muito emocionante ver meu pequeno já não tão pequeno assim se formar junto aos amiguinhos que tanto ama. E, enquanto as fotos iam passando, eu via a transformação do Luccinha. O via rindo, pintando, correndo com as outras crianças, o uniforme sobrando nas mangas da camisa e barras da calça, o cabelo hora comprido demais, hora no toco, as visitas em um monte de lugar bacana de São Paulo, os aprendizados em sala de aula, as farras com a massinha de modelar e com a pizza no refeitório, até chegar o momento do uniforme faltando em braços e pernas...

Quem tem filho sabe como é. E quem não tem deve ter ideia quando pensa no animalzinho que possui em casa. Filho mexe com a gente, tira o eixo (ou põe!), traz humildade, dá uma força que você nem sabia que tinha. Olhei para o Lucca ali, animado com os amiguinhos e assistindo a reprise da própria vida tão curta ainda, e pensei que todas as dificuldades valeram tanto a pena. Aquela gravidez de surpresa, aquelas loucuras todas de Estados Unidos, o rabo entre as pernas na volta para o Brasil, as intermináveis noites sem dormir, as visitas constantes ao PS dos hospitais com ele em febre ou em crise de sinusite, as reuniões de pais e mestres sempre atabolhoadas (eu, atrasada, claro, não as reuniões que eram atabalhoadas!), os banhos de arroz e espuma...

Ver o crescimento e o desenvolvimento de um filho é totalmente único, exclusivo, cadeira cativa mesmo... É mágico, é poderoso, faz com que a gente tenha a consciência - e também a certeza! - de que é apenas um grãozinho de areia nesse universo e de que, de verdade, só se muda o próprio mundo...

Além da formatura do Lucca, naquela sexta à noite, ainda vivi dias de pura glória nas semanas seguintes. Foi o aniversário dele de seis anos, depois um amigo (com inimigo) secreto incrível da minha equipe maravilhosa (só faltou você, Bruna Bezerra Lima!), encontros com amigas maravilhosas e seus pequenos tão maravilhosos quanto, como a Karina Sassoon com o David e a Naomi, a Ju Pfefer com o Joãozinho lindo, a Elisa Pereira Meyer e o Fê com a Rafinha, minha madrinha Lis com as meninas Isa e Luísa e mais um monte de amigos queridos, que amo demais.

Agora, tô me preparando para entrar em férias e partir para mais um descobrimento na vida do Lucca: viajar de avião para o Rio de Janeiro, no próximo dia 30! Vai ser demais!!!! Fora que a gente ainda tem a benção de Deus e sorte pra caramba de contar com amigos sem-iguais por lá, que já prepararam tudo pra receber a gente, né Leonardo Bandeira, Janaína Garcia e Marcelo Vieira??? rsrsrs

É por isso e mais um pouco, que eu só tenho tenho que agradecer. É por isso que a gratidão leva meu nome e está em meu coração. É com ela que eu entrarei 2011, só pra começar.

Um beijo meu e bom finzinho de Natal! - "A very red and happy one!"

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Sons da alma

Noutro dia - quer dizer, noite -, eu estava dirigindo de volta para casa e liguei o rádio na Eldorado FM, que adoro. O carro foi "invadido" pelo belo soul da jovem irlandesa Laura Izibor. Já ouviu esse nome antes? Ela não é uma cantora muito conhecida no Brasil ainda, mas arrematou os sons da minha alma, com a incrível "Shine". Confere só um trechinho da música:

"(...)Feel like the world is passing you by (do do do do do)
Never done all the things you would need to try
Stuck in one place, got a pain in your face from all your stressin’ out (all your stressin’ out)x2
You ask yourself there’s got to be more than what I’m living for (what I’m living for) x2
You ask yourself there’s got to be something else, something more, more, more

Well let the sun shine on your face
And don’t let your life go to waste
Now is the time, got to make up your mind
Let it shine on you, let it shine on you (...)"

 Ela caiu como uma luva para mim, que estou justamente passando por uma fase de renovação, de "sair da casca", de abertura para o novo, para frente, para a vida. E fiquei pensando que são músicas como esta que conseguem chegar em nossa alma, que nos ajudam a refletir, que aos poucos viram a trilha sonora da nossa vida.

Ter a capacidade de enxergar a luz em meio a tempestade, definitivamente, não é para qualquer um. Confesso que eu mesma não conseguia fazer isso, antes. E para conseguir, precisei abrir mão de uma série de ideias pré-concebidas, comportamentos-padrão e verdades absolutas. Pois não é que a vida fica bem mais leve? Você deveria tentar...

Bom, vou seguir aqui com a minha vida de auto-descobrimento diário (para não dizer segundo-a-segundo), enquanto você pensa se deixa ou não o sol brilhar em seu dia.

Um beijo meu!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Seja a mudança que você espera ver no mundo

Começo esse post com uma das mais célebres frases de Gandhi - exemplo de ser humano, referência de ahinsa (para quem não sabe, é o amor ágape!) e generosidade -, porque não dá para passar a semana sem comentar a loucura que se tem sabido ocorrer no Rio de Janeiro.

Confesso que, mesmo sendo jornalista, há muito tomei uma decisão pessoal de não assistir noticiários ou ler jornais. No entanto, ao entrar em qualquer home page na internet, não tem como escapar das manchetes e entrar em comoção pelo sofrimento alheio.

É fácil falar de Gandhi, esse ser tão evoluído e propagador da não-violência, a quem admiro há muito tempo. Leonardo Bandeira, carioca da gema, amigo querido e irmão de coração, foi quem apresentou os pensamentos de Gandhi para mim, em 2007 - ano em que fizemos a primeira campanha de endomarketing em celebração ao Dia da Não-violência, na empresa em que trabalho.

Com o passar dos anos, fui me envolvendo cada vez mais com essa linha de pensamento e de atitude, pois me identifico com a importância de se amar sem esperar retorno, de se propagar a paz mesmo a quem provoca o ódio. Não vou negar que tenho dificuldades mil e diárias de não sentir raiva em meu coração ou não mandar pra aquele lugar os engraçadinhos e espertalhões da vida. Mas faz parte de tudo, afinal de contas. Faz parte do crescimento, do amadurecimento, da evolução humana.

Ao ler as tristes notícias do Rio de Janeiro, não tem como evitar o pensamento de que tudo aquilo é resultado da falta de amor. Do amor que vem do seio materno, da raíz da família, da tolerância da sociedade, da ausência de amor próprio, da ética e dos valores pessoais.

Não tenho dúvida de que é muito mais simples se criticar tudo aquilo - inclusive a polícia e o Governo - e fingir que não se tem nada com isso. Mas venho até aqui convidar você, amigo meu e que acompanha o meu blog, a olhar para essa situação de violência com olhos cheios de amor. Olhos cheios de tolerância, de que todo mundo merece uma chance, merece ser tolerado por ser diferente, merece enxergar em você uma esperança de vida melhor.

Tenho bastante consciência de que pouco posso fazer pela humanidade - mas muito por mim e ao meu redor! -, mas sei que posso vigiar meus impulsos violentos (mesmo os meros pensamentos) e tratar bem a lerda da manicure, pois não foi ela que marcou três pessoas para o mesmo horário. Que posso ser gentil com o atendente da loja, que ouve horrores da louca da mulher que dá o cartão de crédito e não quer apresentar o documento. A segurança é para quem, ô cara pálida?

Sei que posso ser mais tolerante com o meu filho, que me enrola aos montes todas as manhãs e me ajuda a perder o horário que eu mesma perco, mas sei que é porque ele quer aproveitar a minha presença. Eu sei, gente, de verdade, que posso controlar a raiva das situações que não concordo, que posso manejar o MEU jeito de sentir frente às pessoas que conduzem a vida de um jeito diferente do meu.

Não tenho a menor pretensão de ser Gandhi ou Madre Tereza de Calcutá, mas tenho o compromisso comigo de ser alguém melhor, uma referência para o meu filho e uma inspiração para a minha equipe. É verdade que erro muito e diariamente, mas meu propósito de ser o amor nos olhos de quem me vê continua de pé!

Um beijo meu e paz no Rio de Janeiro!

"O ahimsa (amor) não é somente um estado negativo que consiste em não fazer o mal, mas também um estado positivo que consiste em amar, em fazer o bem a todos, inclusive a quem faz o mal." - Mahatma Gandhi (1869-1948)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A dor da perda

Nos últimos dias, recebi tristes notícias de pessoas que se foram desta para melhor (eu realmente acredito que as coisas só melhoram, depois que esse monte de carne, osso, pele e sangue se vai). Nenhuma destas pessoas que morreram era amiga ou parente direta minha, mas ainda assim eu fiquei com aquela expressão borocoxo de quem passa por algo triste.

Quem morreu não estava em meu dia a dia, mas estava na rotina de pessoas que eu amo e admiro. Olhar para essas pessoas queridas e ver em suas expressões a dor da perda me faz sofrer junto. Sou daquelas bobonas que não conseguem se abster do sofrimento alheio. Fico triste, quero consolar de alguma forma, tornar o fardo menos pesado, dizer que estou aqui a qualquer momento, para o que der e vier. Quero amenizar a dor da perda e dizer que isso também vai passar.

Quando falo isso, juro que sei o que estou dizendo. Um ano atrás, minha avó Vicentina faleceu. Há semanas penso em falar sobre ela aqui e parece que o momento certo chegou. Minha avó paterna era uma daquelas senhoras da terceira idade que tem na doença o seu melhor assunto. Reclamona, sempre dizia que nada estava bom e dificultava a convivência com os filhos e netos. Eu olhava para ela e tentava superar minha impaciência da juventude, pensando que tudo o que ela precisava era de algum carinho e alguém que ouvisse com interesse um pouco de suas lamúrias. Com ironia, nós netos e filhos vivíamos dizendo que ela era a mais forte de todos e seria a última a morrer.

Acontece que a vó Vicentina ficou doente de uma hora para outra e foi parar no hospital. Para alguém com apenas 74 anos (e acho sim que setenta e poucos anos é uma idade ainda muito jovem), ela definhou em apenas 70 dias. Vi toda aquela fortaleza se esvair em uma cama de hospital público, implorando para beber água - item proibido para quem faz traqueostomia. Experenciei minha vó transmitir sentimentos e diálogos inteiros pelos olhos. E dei valor a ela...

Aqueles dias de outubro e novembro de 2009 aproximaram filhos, tios, primos e netos. Mostraram que há pouquíssimo nessa vida que merece realmente ser levado a sério. Fizeram com que eu enxergasse que é preciso viver o aqui e agora, agradecer por essa vida doida e incoerente desse minuto, que ter muitas expectativas das reações alheias é sinônimo de muita desilusão e que, principalmente, é preciso dizer e verdadeiramente sentir o amor por si e pelas pessoas.

Eu nunca mais fui a mesma, depois que minha avó morreu. Ela me ensinou muita coisa e acho que nem sabe. E é isso que, dentro de minha insignificância, posso dizer a quem já passou, passa ou ainda vai passar a dor da perda: isso também acaba e se vai. Mas você, que fica, será alguém melhor.

Um beijo meu!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Agradecer já e agora

Nos últimos dias, tenho tido a oportunidade de conhecer, reencontrar e conversar com pessoas absolutamente incríveis: Mirella Teles, Mariana Albuquerque, Cássia Casé, Eliana Miranda, Cristina Meireles, Adriano Vianini, Danilo de Oliveira, Juliana Pfefer, Claudya Toledo, Analigia Martins, Márcia Arnaldo, Heloísa Andrade, Bruna Lima, minha irmã Cristiane, e tantos outros, que seria até injusto não citar todos por aqui. Esse post é para todos vocês.

Bom, a questão é que o papo com essas pessoas me trouxe de volta algo que há muito eu não tenho feito com real sentimento: agradecer. Simplesmente agradecer por mais um dia de vida, pela oportunidade de evoluir, pela chance de ter consciência, quando há tantos que não sabem nem o que isso quer dizer.

Hoje, eu quero agradecer por ser essa Ana aqui. Exatamente essa Ana cheia de defeitos, sorriso bonito, notívaga assumida, com tanto a crescer, aprender e experenciar. Obrigada, Deus, por me fazer cercada de uma família tão louca e incrível, por amigos (excelentes e muitos!) com quem realmente posso contar, por uma equipe que é meu orgulho e minha inspiração, por um filho que é a tradução do amor que o Senhor tem por mim.

Quero agradecer a você que vem aqui acompanhar um pouquinho da minha vida e deixar em mim um pouquinho da sua. Quero sinceramente agradecer por ter meus cinco sentidos perfeitos, quando há infinitamente tantos que não os têm e que fariam e mudariam muito para os ter.

Agradeço pela beleza dos detalhes, por ser capaz de enxergar encanto onde tantos só vêm a dor, por conseguir ouvir o silêncio, por sentir a bondade e a boa energia onde outros só percebem a confusão.

Aproveito o ensejo e agradeço pela vontade de viver intensamente, quando há tantos mortos-vivos por aí, que já desistiram da vida. Agradeço pela habilidade de sobressair das cinzas, de me renovar e de seguir em frente, mesmo que seja por chute na bunda (tenho uma amiga, a Vaquinha - Vanessa Oliveira -, que dizia que até chute na bunda leva a gente pra frente. Ela sempre teve razão!).

E é isso: obrigada, obrigada, obrigada.

Um beijo meu!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Opções e escolhas

Houve um tempo em minha vida em que eu acreditava que as situações que eu vivia eram resultado do destino ou dos outros. Eram "coisas" que eu precisava viver, porque era assim e pronto. O que acontecia de ruim era culpa dos outros, claro! Do sol, da chuva, da lua, da minha mãe, do cara tonto que eu gostava, do chefe não tão legal que eu tinha, daquela bisca que adorava me boicotar... Tudo era culpa de todo mundo, menos minha. Óbvio, uma vez que eu era "tão boa, bacana e vítima do mundo todo". All crap!

E sabe o que é engraçado? Quando a gente aponta um dedo para alguém, tem outros quatro apontados para si mesmo. Repara só!

Falo desse assunto hoje, porque a vida tem me mostrado - já há algum tempo, graças! - claramente que tudo é fruto de nossas próprias escolhas. Se elas são as melhores, só tentando para saber. Mas não dá para julgar que sejam as certas ou as erradas. Isso é totalmente relativo. Erradas para quem, cara pálida? E é assim mesmo que tenho conduzido meus dias, nos últimos anos: percebendo que tudo o que eu vivo, experimento e sinto é resultado das escolhas (in)conscientes que EU faço. Eu escolhi ser mãe, embora não soubesse que aconteceria antes do que eu previa. Mas a verdade: eu me sentia - e estava - pronta! E veio o Lucca, que é a luz da minha existência, é a benção diária que recebo de Deus, é um anjo no sentido mais amplo da palavra. Ele traz luminosidade para a minha vida e nem sabe disso, o que é ainda melhor.

(Não repara que vou conectando e desconectando minha linha de pensamento o tempo todo. Tô escrevendo totalmente a mão livre e não vou me furtar de ser genuína aqui...)

A chegada do Lucca representou para mim uma virada que nem de longe eu imaginava. Num primeiro momento, afundei e me perdi. Era muita coisa nova para alguém que, na época, era bem avessa a mudanças não-previstas. Levei quase cinco anos para entender que meu filho tem absolutamente tudo a ver com um dos meus maiores propósitos de vida: servir. Todos os dias, o Lucca me ensina a arte de servir pelo amor filial - e se eu evoluir bastante nessa vida, talvez consiga atingir o nível de amor ágape também (torçam por mim!).

Ao mesmo tempo em que assumir as escolhas e conseqüências traz uma responsabilidade danada (e um medo enorme!), esta atitude traz consigo esperança, força, rédea. Deixo de ser o cavalo conduzido e passo a ser cocheiro da minha vida. Com a ajuda de Deus, de algo de divino, tenho a capacidade de conduzir minha vida e a energia que emprego em cada aspecto dela da maneira mais consciente e competente possível.

É um movimento tão louco que, ao mesmo tempo que dá um medo absurdo, traz alívio. Alívio de não me sentir tão na mão dos outros. De saber que posso dizer "Não quero mais brincar disso", recolher as minhas bonecas e voltar para casa. Ter consciência das minhas escolhas me trouxe responsabilidade. A conseqüência disso? Maturidade. Experimenta só pra você ver!

Um beijo meu!

domingo, 7 de novembro de 2010

Meu verdadeiro primeiro texto

eu precisei viver muitas vidas, estar em muitos lugares e experimentar muitos sentimentos antes de chegar aqui e iniciar mais esta etapa da minha evolução.

meu nome é Ana Cristina, estou com 31 anos, sou mãe solteira de um menininho incrível de cinco anos (que idolatra carros e diz que será piloto de corrida!), possuo verdadeiro amor pela minha profissão em comunicação e pela oportunidade de realizar a gestão de pessoas.

sou uma mulher que se descobriu muito recentemente; que nos últimos tempos tem se percebido aos poucos, nos detalhes, nos pequenos prazeres, nas sensações e reações diante do cotidiano. uma mulher que passou a admirar sinceramente as pequenas linhas de expressão que já aparecem no rosto. cada uma possui sua própria estória, sua própria herança. uma mulher que se encanta com o tom de voz que possui, com a maciez de seus fios de cabelo, com o formato de suas unhas e pés. uma mulher que admira a evolução que tem conseguido impingir na própria existência.

eu sou uma Ana melhorada, depois de muitos tropeços. mas, diferentemente de antes, admito e aceito que tudo o que vivi pelas escolhas que fiz foi necessário para eu ser quem sou hoje. não dá nem para imaginar ter o desejo de ser outra pessoa que não eu mesma.

hoje, reconheço beleza em cada traço meu e não estou falando apenas do aspecto físico. reconheço beleza é em cada dor que ainda sinto em meu timo. reconheço a beleza de ser uma mulher que ainda não conseguiu se curar de todas as dores do passado e dos medos do futuro, mas que possui toda a dedicação do mundo em se recuperar e abrir espaço para o novo. quantas pessoas você conhece que admitem isso em si mesmas e que estão dispostas a mudar e se resolver? conheço bem poucas...

enfim, esta é apenas a introdução que faço de mim a você, que passará a acompanhar minhas estórias, meus contos, meus desejos, meus ideais, minhas experiências do dia a dia. e, desde já, agradeço pela disponibilidade de seus olhos e mente nesta leitura e desejada interação. que seja o começo de um longo caminho de convivência e amizade.

um beijo meu!