terça-feira, 15 de maio de 2012

O que está dentro está fora e vice-versa

Ao longo dos anos, com muita paciência e dedicação, vamos construindo uma pessoa melhor dentro de nós mesmos.

Por vezes, a gente até acha que bem se conhece, ou que pelo menos se conhece melhor. Mas é inegável que – principalmente durante os momentos de tensão – a gente se perceba um verdadeiro estranho para si mesmo.

Tive dessas reações ontem, durante o desenvolvimento de um projeto. Me bateu o pânico do último minuto, pensei em desistir, dei uma surtada geral. Minhas mãos tremiam, meu estômago doía e minha cabeça ficou até zonza. Depois de tanto tempo, conduzir algo realmente estruturado e importante, que impacta na vida de tantas pessoas, me caiu como um peso incomensurável. Entrei na auto sabotagem e duvidei de mim.

Mas, naquele momento, não duvidei só de mim; duvidei de Deus também. Momentaneamente, tive medo e a gente bem sabe que menos é nada menos que falta de fé.

São momentos assim que me fazem rever como conduzo minha vida. Fazem com que eu repense sobre minha relação com Deus e comigo mesma. Fazem com que eu reveja o quanto tenho fé em mim, nEle e na vida, no melhor, no lado cheio do copo.

As coisas externas, por vezes, nos turvam os olhos e nos fazem perder o foco daquilo que é realmente importante, de onde raios queremos chegar com tudo isso. Mas isso também é bom, pois me obriga a puxar o freio de mão e voltar para o caminho que desejo para mim. Todos os dias, ao acordar e também ao dormir, eu me forço a refletir sobre todas as coisas e pessoas pelas quais posso agradecer. Me forço a perceber – e percebo mesmo! – que a luz sempre é mais forte, por maior que seja a escuridão.

Nada é de graça
Como nem tudo está perdido, tantos anos de terapia e religiosidade (além do empenho em evoluir) têm surtido seus efeitos. Dez minutos depois, dei um “giro 180º” e percebi a baita sacanagem que estava fazendo comigo mesma.

Fui ao banheiro, molhei a nuca, recompus minha respiração, fiz minhas orações e conversei comigo mesma. Cinco minutos depois, voltei recuperada e pronta para a batalha. Finalizei o material e fiz a apresentação do projeto, que foi 100% aprovado em primeira instância. Ali, era tudo ou nada. Ou seria odiado, ou amado. Que bom que foi a segunda opção!

Óbvio que eu poderia me deparar com a frustração de ter o projeto negado e o investimento desse primeiro momento, jogado pela janela. Mas é como tudo na vida: uma aposta, uma oportunidade. 50% de chance de dar certo. Porque, no fim das contas, o ‘não’ a gente já tem. A estória é correr atrás do sim.

E, claro: também como tudo na vida, as conquistas não chegam de graça. É preciso um bocado de paixão, de automotivação e da famigerada resiliência.

O duro aqui é o equilíbrio (também como tudo na vida!), pois o excesso de resiliência pode descambar para a acomodação na zona de conforto, na falta de coragem em assumir riscos, em buscar novos horizontes.

Em meu dia a dia, o que mais busco é equilíbrio. Equilíbrio em minhas relações profissionais, familiares, sociais e principalmente na relação comigo mesma.

Sim, porque é difícil pacas conciliar os lados yin e yang. Fazer com que meus traços feminino e masculino sejam complementares, e não competitivos e destrutivos. Desenvolver em mim aquela confiança cega de que, não importa o quê, tudo é para o crescimento, tudo é aprendizado, tudo é voltado a fazer de mim uma pessoa melhor, mais servidora e voltada a ajudar as pessoas com quem convivo.

É fazer com que minha essência seja transportada para minhas ações e pensamentos diários, refletindo fora o que há dentro de mim – e vice-versa.

Até breve!

P.S.: deixo aqui uma canção que me ajuda a voltar para dentro de mim e, ao longo do tempo, exalar o que vai em meu coração... Enjoy it!

Um comentário:

  1. Suas palavras são lindas e doces como você Ana. Ficou muito feliz por suas conquistas e, principalmente, por nossa constante evolução. Te amo muiiiitooo. bjs

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