
Ela dizia que luxo era não encontrar a empregada aos domingos, tomar água gelada e aromatizada naturalmente com limões sicilianos, dormir em lençóis limpos e cheirosos, comer a sobremesa que mais se gosta, entrar no mesmo jeans da época do corpo de sílfide, etc.
Ao ler a lista de Danuza, concordei com a grande maioria. Mas aqui do meu binóculo, desse meu canto, comecei a montar uma lista de luxos ainda mais 'extravagantes' que os dela. Penso eu que luxo mesmo é poder pagar uma faxineira que venha uma vez por semana em casa ou até mesmo uma vez a cada 15 dias. Luxo maior é pagar as contas em dia, sem pleitear crédito extra no banco. E o luxo que é morar perto do trabalho? Ah... Luxo mesmo é TER trabalho! Mas um trabalho que dignifique, que honre, que recompense. E não, não estou falando de cargo, dinheiro ou poder. Estou falando de coerência, de decência, de mão dupla, de gentileza.

E o que dizer do luxo que é o de se reconhecer, se amar, se respeitar assim, desse jeito torto, tonto, insano, meio estrábico e infâme de ser?! É um luxo se aceitar como é, aprendendo com todo o passado, agradecendo pelo presente e se surpreendendo com o futuro...
Mas de tudo, tudo, tudo, o que me parece ser o luxo maior do mundo inteirinho é o - como disse lindamente Chico Anysio, em vídeo produzido para o Fantástico do domingo 28/08 - de Deus nos dar a honra de ver os filhos crescerem, novas famílias se formarem, o desenvolvimento e as novas conquistas desses seres tão inocentes ainda, tão lindos de si mesmos.
É dessa lista de luxos que eu quero viver. Um luxo para mim. E, talvez, um lixo para os outros.
Um beijo meu!